domingo, 1 de agosto de 2010

Felicidade abstrata

Você acha que sua vida simplesmente se resume em amar. Sofre decepções, chora e acha que só outra pessoa seria capaz de te fazer feliz.
Porém, quando você se encontra em um momento decisivo de sua vida, você percebe que, ter uma certa 'estabilidade' na sua carreira só depende de você mesmo, e que essa também é uma forma de ser feliz.
Falando diretamente sobre mim, sem direcionar, ou escrever algo impessoal. Digo que, me encontro em um momento assim. Sempre tive sonhos, sempre gostei do que poucas pessoas têm interesse, nunca me integrei no que dizem ser 'cultura de massa', por vezes me rendi para me adaptar ao sistema, pois, para sermos sociáveis temos que no mínimo respeitar os demais, de modo que não perca suas raizes. Hoje sei que, talvez tenha feito a escolha profissional errada, pois meu sonho parte para o lado oposto do que estudei, ou não.
Uma luz no fim do túnel. Hoje, a menos de seis meses da minha tão esperada formatura, do meu curso chamado "Letras, com habilitação em decepções" sei que há a possibilidade de ser feliz, de seguir um novo caminho sem ter que tomar posições drásticas e de que a minha felicidade depende de mim, inteiramente, a partir do momento em que eu alcançar meu verdadeiro sonho q está tão próximo de mim que quando fecho os olhos, quase posso tocá-lo .


Go ahead .

domingo, 14 de março de 2010

Feelings .

Meu blog é sobre sentimentos, é sobre mim. Eu falo de mim nua e cruamente, Pois modéstia a parte eu me conheço. Sou profunda conhecedora dos meus defeitos e das minhas qualidades, me conheço tão profundamente a ponto de dizer que ainda me surpreenderei comigo e mesma e que muitas vezes me sentirei perdida em relação aos meus verdadeiros príncipios. Assim como muitas vezes já me senti fora de mim.
Eu sou assim, boba, inocente, mas ao mesmo tempo muito desconfiada, com uma sensibilidade impar, e muito inteligente.
Amante das artes, musa da literatura, e claro e loucamente apaixonada pela música e seus talentos natos. Sou chata, faço amigos com a mesma facilidade com que desfaço. Só gosta de mim quem consegue entender que eu sou um ser totalmente peculiar e incomum.
Inuque. Se eu pudesse só falaria em Inglês, mas tenho orgulho de ser brasileira.
Não gosto de religião, mas me emociono de ver a fé das pessoas, queria acreditar nos dogmas das religiões, de qualquer que fosse.
Mas confio em Deus, ele é o meu mais fiél confidente, porém por vezes me sinto desanimar e perder um pouco a confiança. Mas, quem nunca se sentiu assim.
Frágil e totalmente humana.
Sempre quis amar loucamente, sem limites, mas claro com a utopia de ser correspondida. Cinema .
Minha maior característica é a emoção, que brotam por todos os cantos do meu corpo e precisam d alguma forma ser exteriorizados.

Deus, me dá um gole de arte pra eu sobreviver?

Quem sabe um dia as pessoas não saberão quem eu realmente sou quando de fato eu conseguir deixar minha história marcada de alguma forma, pra sempre .
Eu amo ser quem sou, e tenho muito orgulho de tudo que tenho .


"Talvez haja um Deus lá em cima
E tudo que eu aprendi do amor
É como atirar em alguém que atirou em você
E isso não é um choro que você pode ouvir á noite
Não é alguém que viu a luz
É um frio e sofrido Aleluia."




Beactress*

terça-feira, 9 de março de 2010

Felicidade .

Já dizia Machado de Assis no século XIX, "Sentia que não era inteiramente feliz; mas sentia também que não estava longe a felicidade completa."
A felicidade é muito subjetiva, sobretudo pra mim. Sempre achei que a felicidade estava nas questões afetivas da vida. Nunca vi dinheiro e uma boa situação profissional como felicidade. Claro que isso é uma questão a qual todos buscam, afinal é essencial para se ter uma qualidade de vida.
Dizem que se você tem uma boa condição profissional tem uma vida amorosa derrotada. Não deixa de ser um fato, aqui entra aquele ditado "Sorte no jogo, azar no amor". Tudo bem, dinheiro é muito bom. Afinal quem consegue o ápice da felicidade? Quem consegue ser incondicionalmente feliz?
Acredito que a felicidade está na aceitação das coisas e da vida tal qual ela é. É sorrir mesmo quando se tem problemas, é acreditar em tempos melhores quando tudo parece ruir, é ser grato em ter o básico, como saúde e família (coisa que muitas pessoas não têm).
Taí, pra que se martirizar por algo que nao dá certo ou não acontece?
Senão acontece e não dá certo é porque a felicidade não está ali.
Portanto, 'vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir'.

quinta-feira, 4 de março de 2010

A caminho da permissão

"Você gosta de ser mulher, pode ser considerada uma mulher feminina pelos que lhe cercam. Mas você sente que algo ainda está faltando? Existe alguma ambiguidade dentro de você? Pode ser que se perceba como uma pessoa sensível, mas sente que nem sempre consegue usar a sensibilidade ao seu favor. Sente prazer em viver a sua sexualidade, mas alguns tabus e a dificuldade de entrega talvez ainda a impeçam de vivenciar plenamente. Sua autoestima, sua criatividade, sua relação com seu corpo oscilam: ora você se sente o máximo, ora se sente lá embaixo. É momento de cuidar melhor de você, de perceber que você pode alcançar outras possibilidades. Acredite no seu poder!

Ser mulher algumas vezes pode parecer assustador. Mas é chegado o momento de descobrir que ser mulher não é sinônimo de fraqueza ou fragilidade, que o Feminino lhe confere suavidade, mas também energia. Está na hora de equilibrar o que aprendeu, o que ouviu sobre ser mulher, com o que você pode vir a ser. Você não precisa ser a supermulher, a supermãe, a superprofissional. Liberte-se de rótulos e de preconceitos, seja você mesma! Não tema, procure por auxílio dentro e fora de você para se sentir mais plena. Você está a caminho de integrar sua feminilidade! Deixe a sua sensibilidade lhe fazer bem, permita a intimidade lhe trazer crescimento, sua estima por você mesma tomar proporção de amor incondicional. Está na hora de perceber as suas dificuldades e trabalhar em cima delas para transformá-las em trunfos positivos. Permita-se mais!"



Muitas mulheres se reconheceriam nesse texto. (Autor desconhecido).

quarta-feira, 3 de março de 2010

"Solar"

Minha mãe cozinhava exatamente:
Arroz, feijão roxinho, molho de batatinhas.
Mas cantava.



Adélia Prado

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Abaixo, estou postando um dos meus contos, o último escrito ano passado sobre Fernando pessoa. O conto trata do aparecimento ficcionário de um de seus heterônimos. Alberto Caeiro . Tá aí, se alguem quiser ler ;D




A insana lucidez de um poeta fingidor.




Fernando. Só no seu gabinete em sua casa, atrás de si uma enorme biblioteca contendo seus autores preferidos. Uma folha de papel, pena e tinteiro a postos, Fernando Pessoa buscava inspiração, decidido de que hoje ele escreveria por si mesmo. Nada de invasões alheias. Andava pensativo, a fim de buscar entender como funciona a mente artística, e porque os autores têm a mente tão complexa.
Desejava escrever sobre a complexidade de si mesmo.
Rascunhava uma frase “O poeta é um fingidor”, mas sua imaginação não fingia, estacionava e Fernando Pessoa não estava muito “afim” de se expor.
Foi desanimando, o sono foi chegando, eis que de repente ele sentiu uma sombra à suas costas. Era um homem de aparência simples, com botinas sujas de barro e uma roupa típica de quem têm costumes de viver no campo.
Nunca havia visto aquele homem.
Fernando a primeiro momento assustou-se ao ver o homem olhando-o quase que com um olhar paternal e sorridente. Mas passado alguns longos minutos recompôs-se.
Então perguntou:
-Quem és o senhor? E o que fazes em minha casa?
O homem respondeu:
-Alberto Caeiro, a seu dispor.
Pessoa pareceu não entender mais ainda o que estava acontecendo, mas logo se deu conta e pensou: “Deve ser mais um”.
Então resolveu dar corda à imaginação e ver onde esse seu “possível” novo heterônimo poderia chegar.
-Vens de onde caro Caeiro? Perguntou Fernando Pessoa.
- Ah, venho de não muito longe, caro amigo. Cá mesmo de Lisboa.
-Entendo, mas pelo que vejo vives no campo?
-Sim, vivo no campo e me orgulho muito disso, não sou estudado não senhor, mas entendo muito mais a “minha” natureza pelo que vejo do que pelo que sinto.
- Então gostas de filosofar?
-Não. Não filosofo, acredito que os seres somente são e nada mais.
Assim, Fernando e Alberto se fitaram por um longo momento, e Fernando foi arquitetando dentro de sua mente todos os detalhes que lhe faltavam sobre ele e foi enredando assim, uma série de idéias emboladas entre si como lã.
Alberto Caiero então vai até o sofá e se senta. Nesse momento sua figura foi se tornando esfumaçada, perdendo a nitidez humana, como uma espécie de fantasma.
Fernando começou a escrever desesperadamente, sem simplesmente pensar, como se um terceiro ser estivesse jorrando informações sobre o tal homem em sua cabeça e sua mão vomitando palavras e mais palavras.
Em menos de meia hora, Fernando Pessoa havia construído seu novo heterônimo. Alberto Caeiro. Agora ele tinha nacionalidade, casa, família, muito mais que isso, ele tinha vida própria.
Caeiro então, sentado no sofá, já novamente nítido, se virou para Fernando e disse:
- Terminou meu caro?
Ainda confuso, ele respondeu:
- Creio que sim.
-Pois bem, agora posso me manifestar!
Naquele momento, Fernando Pessoa teve novamente um acesso, como se estivesse “insano”. Apanha a pena e começa, logo pelo título: “O guardador de rebanhos”.
“Eu nunca guardei rebanhos
Mas é como se os guardasse...”.
Explode a inspiração e vão saindo textos e mais textos, e Fernando simplesmente se esquece de ver se a figura do homem simples que se expressa por meio dele ainda está presente em sua sala. Não enxerga mais nada.
Alberto Caeiro agora vive em si, as duas figuras se fundem, ele é Alberto.
Assim, naquela noite de “insônia” Fernando Pessoa escreveu quarenta e nove textos, dele Caeiro.
Ao finalizar, Alberto Caeiro reaparece a sua vista e diz:
-Obrigado por unir sua noite de insônia com a minha. E lembre-se: “Eu não tenho filosofia, tenho sentidos...”.
Assim, sua imagem se dissolveu no ar, e Fernando sentiu um misto de felicidade, satisfação e um pouco de desconforto, pois não entendia se sofria de uma vertigem em que vivem vários personagens dentro de si, ou se simplesmente possuía uma imaginação altamente fértil. Quem sabe a união dos dois?
Mas, apesar de sua confusão mental, decidiu que, uma figura tão especial, cativante e sobretudo sábia não podia ser reprimida dentro de si.
Fernando, então pensou: “Vamos dar asas ao meu novo amigo”.
Rascunhou mais umas palavras e deixou sobre a mesa, a primeira obra e uma pequena passagem que dizia assim:
"Uns agem sobre os homens como o fogo, que queima nele todo o acidental, e os deixa nus e reais, próprios e verídicos, e esses são os libertadores. Caeiro é dessa raça. Caeiro teve essa força."

Fernando Pessoa.

2010

Vamos ao primeiro post de 2010. Eu pra quem sonhou um dia viver no mundo das letras e do jornalismo, não ando cumprindo muito com o meu dever de futura 'alguma coisa' nas áreas mencionadas.
É que meu sonho por algum tempo se perdeu em alguns simples e inocentes sorrisos e palavras mal faladas e formuladas por seres com menos de 1m. É, crianças tem tal efeito sobre mim.
Por um momento desisti de cursar jornalismo, de morar nos EUA, de me mudar pra São Paulo e trabalhar em editoras. Por um momento almejei um sonho simples, pequeno, singelo, e por incrivel que pareça invejado por muitas pessoas. Sonhei com um ambiente pequeno de quatro paredes, enfeitado com muitos bichinhos e letras coloridas contendo diversos nomes como "Valentina", "Vitor Hugo", "João Vitor", "Júlia" e etc. Sonhei em ter na parede um mural, contendo fotos dos meus momentos mais felizes com esses personagens, em ter uma estante cheia de brinquedos, uma mesinha para atividades e claro nao poderia faltar, um tapete cheio de almofadas.
O meu sonho era simplesmente viver por eles, já que pensei que seria feliz assim. O que as crianças não sabem é que por causa delas, muitos adultos fazem coisas irreais e desumanas.
É clichê todo esse sentimento, mas a vida me ensinou em pouco tempo em que eu sobrevivo aqui, que o tempo que o meu sonho há muito tempo construído foi desmoronado em segundos, e ser professor não tem nada de encantador nem bonito, e sim, se torna a mais cruel das profissões.