domingo, 30 de março de 2008

Keep going, that's it ;P


Existem situações que nos fazem agir de forma diferente da qual temos real vontade. Ás vezes a vontade é oposta a atitude, porém as mãos estão atadas.

Você já se sentiu assim? Como se houvesse algo prendendo todos os seus movimentos, as suas atitudes, os seus planos?

Quando você planeja dizer algo, fazer algo, e chega na hora você esquece tudo e age completamente diferente do planejado?

Na vida, ao contrário do que ditam as regras, não dá para se traçar planos, tudo ocorre de maneira natral, diferente da qual desejamos ou mesmo esperamos.

No dia em que conseguirmos não esperar resultados e glórias na vida, as situações se arranjarão de maneira mais natural e satisfátoria do que a planejada...

Infelizmente a vida não pode ser inventada como em livros de romance ou contos juvenis...

domingo, 23 de março de 2008

Caixas...

Seria maravilhoso se pudessemos guardar nossos corações em caixinhas..Caixinhas coloridas, ou até mesmo caixas d sapato.Não importa.O fato seria que dessa forma, poderiamos viver as situações que gostaríamos sem precisar nos envolver além do que deveríamos, e ocasionalmente evitar possíveis sofrimentos desnecessários.Infelizmente não é assim, eu não fui e continuo não sendo capaz de deixar meu coração em belas caixas coloridas, e por isso, eu sempre sofro.Quem sabe um dia não será possível arrumarmos alguma solução melhor do que a ideia maluca das caixas?É nada é impossível...

sábado, 22 de março de 2008

Eu penso que o amor nasce das oportunidades. Por exemplo, daquela oportunidade que você dá pra uma pessoa que te quer bem entrar na sua vida e te conquistar.
Ao contrário do que muitos acham, eu acredito que o amor nasce no dia-a-dia, na convivência com o outro. Tudo que não nasça da descoberta, da vivência não é amor, é ilusão.
Portanto, quando você ainda ama aquela pessoa depois de saber de tudo a respeito dela, inclusive e diga-se de passagem, os defeitos do outro, aí sim o amor existe.

Então gente, vamos dar as oportunidades necessárias.. \o/

Não abram-se ao novo, e sim a quem sempre esteve por perto x)

sexta-feira, 21 de março de 2008

enfimmm....

Eu achei que tinha perdido esse blog... mais o reencontrei xD

Hoje eu pensei em postar aki o meu conto, afinal, pra que eu escrevi um conto? Pra guardar pra mim? Não. Pra tirar nota na faculdade? Também, mas nunca imaginei que ele ficaria legal, então, seria legal que outras pessoas pudessem aquilo que um dia eu escrevi... Que pudessem dividir comigo as minhas idéias e as minhas viagens...

entãooooo.. ai está...


OS DOIS JOSÉS


Mafalda sentia as dores do parto. Não eram dores fortes, sentia-se bem como na primeira gravidez.
O menino ia se chamar José, exatamente como o outro filho, uma homenagem.
Apesar de estar tudo bem, Mafalda carregava uma sensação estranha dentro do peito, algo parecido com medo, mas não era. Era aquela sensação de que já tinha vivido aquela situação.
Passado o momento crítico de internação e parto, Mafalda agora, apesar de convalescente, tinha seu bebê nos braços. Era bonzinho e lindo. Uma beleza tão familiar, era José.
O tempo foi passando e o menino foi crescendo, e cada vez mais tornava-se igual ao outro. O marido de Mafalda parecia não se dar conta das semelhanças entre ambos. Mas ela sim, ela percebia cada mínimo detalhe, e esses também eram iguais.
José chamava Mafalda de “mama”, gostava de banana amassada, tinha medo de tomar banho sozinho, sabia ler e escrever “casa” e era incrivelmente apaixonado pelo Superman. Todas essas características eram velhas conhecidas de Mafalda. A ultima causava um misto de terror e inquietação em seu coração.
Não podia entender o que acontecia, parecia que tudo estava se repetindo, que aquilo tudo já havia acontecido. Mafalda achava que estava ficando louca.
Quanto mais o tempo passava, mais ela temia o futuro e mais se apavorava ao pensar que José crescia. O menino, a cada dia ganhava mais a aparência e os gestos do irmão.
Certo dia, Mafalda, seu marido e José, na época com quatro anos, foram ao litoral passar um fim de semana.
O menino não se conteve de alegria, brincou, correu e por um descuido dos pais entrou no mar sozinho e quase se afogou.
Mafalda não pode conter o desespero. O outro filho também havia passado por aquilo.
Ela se perguntava o tempo todo porquê tudo acontecia exatamente igual, será que sonhava? Será que estava com algum distúrbio psicológico? Não. As coisas de fato se repetiam com a mesma intensidade.
Quando voltaram, as coisas pareciam estar correndo bem, mas Mafalda sentia medo de olhar nos olhos do filho.
O menino não entendia porque a mãe o tratava daquela maneira, não o abraçava, procurava sempre se manter a uma certa distância. Em sua cabecinha infantil achava que a mãe não gostava dele. A mãe gostava só do irmãozinho José que tentou voar. Ele também queria voar.
Quando José completou cinco anos, Mafalda não podia suportar o desespero, o outro filho havia partido com a mesma idade.
Então, um dia José vestiu sua capinha de Superman e decidiu. Foi até a sala, pegou uma cadeira e levou até a varanda do apartamento, subiu e debruçou-se na sacada. Então gritou “mamãeeeee”.
Mafalda conhecia aquele grito. Correu com o coração disparado. Ao chegar na sala, estacou diante da cena. O menino só a esperava para pular.
A mãe por mais que tentasse correr para agarrá-lo, não podia, algo a prendia ali.
Então José olhou e disse “Eu posso voar?”. A mãe só conseguiu responder que não. Mas o desespero parecia estar fazendo-a desfalecer. Não mais conseguia focalizar o que estava acontecendo...
O menino, então, calmamente e infantilmente desceu da cadeira e correu para seus braços, Mafalda abraçou-o sem entender a diferença dos acontecimentos. José disse “mamãe, meu irmãozinho voou porque é um anjinho, eu sou um menino”.
Naquele momento Mafalda pode compreender em um misto de dor e alegria, que o passado e futuro podem se fundir, mas as pessoas nunca são iguais.