Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro pra ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Se edição original.
e a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A dinstinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma
Esperar por Dom Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças.
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...


Fernando Pessoa.

Luxury versus culture

Estava eu, no supermercado quando olho para o espaço em que eles 'expõem' as revistas. Sim me chamou atenção a playboy, a qual esse mês a Priscila, ex-bbb, posa nua na edição especial de aniversário. Não gosto de mulheres, nem sou lésbica, mas a capa me chamou atenção, assim como um anúncio pequininho no canto da capa que dizia assim: Conto inédito de Rubem Fonseca.
Eis que a partir daí começou as minhas divagações. Fiz minha descoberta mais que sensacional, de que a playboy também é cult! meu Deus, como eu não sabia disso?
Tudo bem que não sei de que gênero se trata esse tal conto inédito do Rubem Fonseca, mas pouca porcaria é que não é. Conto pornô que não é, pra isso publicariam um conto da Bruna Surfistinha.
Sei que ele escreve contos bem reais e não gasta tempo com palavras bonitas, nem faz o gênero 'maravilhoso' ou 'fadas', porém...
É muito interessante saber que através da luxúria e do exibicionismo da modernidade, lá muito sutilmente ainda tentam levar um pouquinho de cultura pra dentro de borracharias, oficinas mecânicas, estrado de colhão de adolescentes, e até mesmo banheiros masculinos de escolas e academias. Triste é que a Priscila chama tanta atenção de cérebros preguiçosos que, duvido muito que de cada 100 desses homens, meninos e 'simpatizantes' da beleza fácil irão gastar 5 minutos lendo pelo menos a sinopse do conto (que acreditem, deve ser maravilhoso).

. Eu sou poeta e não aprendi a amar .

Escritores são artistas loucos porque ouvem vozes... vozes que surgem misteriosamente do coração.

"Sem asas, porém"

Tenho estudado a respeito da figura do feminino na história da sociedade, desde a criação, desde os primórdios. É muito interessante, e por uns momentos, nós mulheres, nos sentimos até orgulhosas ao saber que nossa história apesar de muito sofrida, um dia foi grandiosa, que na cultura pagã regiamos o mundo, que tudo provinha de nós e que além disso, nós somos a peça chave da natureza pois possuimos o dom da vida.
Porém... esses valores foram perdidos, e hoje, ninguém mais lembra que temos o amor mais puro dentro de cada uma de nós que é o amor materno. Amamos cada pedacinho de nossas vidas como se fosse um fruto nosso, um filho.
Hoje somos vistas como vulgares, como fúteis e superficiais, como bunda, peito e cabelos lisos. Por trás de qualquer imagem sempre vai existir um ser pensante, que anseia viver e conhecer novas coisas, e que apesar de vivermos no mundo 'moderno' onde muitos dizem que temos direitos iguais perante os homens, não pode nunca haver a inversão de papéis que o mundo atual está tentando nos impor.
Homens serão sempre homens, mulheres serão sempre mulheres. A graça de tudo não está aí?
Pra mim, não há nada mais belo do que os homens e as mulheres exercerem seus papéis, na natureza, e não nos padrões impostos pela sociedade.
Não temos asas, porém podemos caminhar sempre em frente.

O Criador agradece.

Um dia hei de chegar assim, pertinho do céu!

"Faz de mim um monstro se quiser brigar"

Tudo que é clichê funciona. Um bom filme de romance, ou meras situações da vida. A gente sempre espera o melhor no fundo no fundo, mas sempre sabe também quando o pior vem a caminho.

A naturalidade da vida, como as situações se desenrolam.. nada é imprevisivel, tudo se prevê. Chamamos de sexto sentido... será que existe? ou tudo é facilmente previsto?

A vida não é romance, não é conto, nao é literatura fantástica nem maravilhosa. Nós humanos enfeitamos, colorimos, e bordamos as experiências para que virem filme, teatro.

E não é nada, é piegas... sempre... previsível... sempre...E dói sempre...

É clichê... mas funciona.